quinta-feira, 13 de março de 2008

Demasiado tudo para quase tudo...


É assim que estou.
Ou me sinto.
Às vezes.
Nem sempre...
À minha geração toda chamaram a Geração Rasca, embora talvez devesse ser antes À Rasca, isso sim.
Mas pior que estar à rasca, que isso até se ultrapassa, é estar "entalado"...
Veja-se a profissão, para começar; entalado entre os pioneiros da NDP (prémios chorudos para quem adivinhar o significado da sigla) e o babyboom que se seguiu. "Sem supresa", para uns, "Mais do mesmo" para outros.
Demasiado clássico, para ser "progressivo" (isto hoje vai ser só asneirada, aviso já...)
Demasiado à frente para ser clássico.
Demasiado bom para ser mau, demasiado mau para ser bom...
(aceita-se fórum sobre este item)
Em muitas outras coisas, acho que também; demasiado longe para ser perto, demasiado perto para ser longe.
Demasiado rico para ser pobre, demasiado pobre para ser rico, demasiado estúpido para ser génio, demasiado esperto para ser burro. Demasiado forte para ser fraco, demasiado medroso para ser herói...
Arre, pôrra!

3 comentários:

Justine disse...

BL, que texto deliciosamente irónico - e verdadeiro!
E a foto, só apetece saltar para dentro dela e agarrar o cachorro. É do "velho conhecido"?

InKoGniTu disse...

Se eu tivesse tanta arte na articulação das palavras, acrescentaria mais umas quantas linhas e assinava por baixo.

Justine: Não, essa foto não é do "velho conhecido". Mas está super engraçada, realmente.

hpinto disse...

Eu ando mais na fase demasiado "normal" para ser especial e demasiado "doida" para ser "normal"...
Demasiado parada para conseguir progredir e demasiado energica para conseguir parar...
É um género de "nem sou nem deixo de ser"...

Faz-se o que se pode ;o) e eu tento fazê-lo.
Beijocas, Lena

Nota - ainda te lembras de alguns dos meus gostos? Hoje vou à 2ª aula de um workshop de sapateado irlandês!!!