segunda-feira, 3 de março de 2008

"O meu problema é as distâncias!"

Começo logo com um erro gramatical no título, que é para ir aquecendo as hostes.
Aquilo que me separa das felicidades (no plural, claro) são as distâncias. Várias.

A geográfica, surge afinal como a menos inultrapassável, ou pelo menos mais fácil de ultrapassar. Dentro de alguns limites económicos e periódicos, claro, mas isso passa à categoria de detalhe...

A etária. Bom, tem também as suas barreiras. Mas dentro dos limites do "razoável", também se pode contornar ou nem sequer nos apercebermos dela. As referências podem não coincidir, as memórias tãopouco, as expectativas e surpresas próprias de cada fase também não, mas... Havendo vontade(s)...

A cultural, é tramada. Ser curioso ajuda, mas pode bem não ser suficiente, mas isso leva-nos à distância seguinte. A cultural implica gosto(s), implica opiniões, implica príncipios, implica! E se implica, complica.

Por falar em complicar, vamos então à cereja em cima do bolo. A distância intelectual. E se de repente, essa cabeça não é para pensar? ou pelo menos, não parece? E se não se apr(e)ende nada com "ela"?
Hã??

Assim vai a vida, neste planeta Lisboa...
Cansado deste Complexo de Higgins...

3 comentários:

Anónimo disse...

E a distância político-ideológica?Dos lados contrários da barricada?

Mas é mesmo necessário percorrer todas as distâncias?

Boa Lingua disse...

Car@ anónim@, não me referi a todas as distâncias, claro...
Quanto à que refere, até me parece ultrapassável, ou pelo menos um desafio interessante, se ambas as posições forem debatidas com inteligência...
Quanto à necessidade de as percorrer todas, lá diz o povo: "Vai da pessoa..."

Justine disse...

Amigo meu, dada a minha distância etária (eheheh), permito-me uma sentença, na tentativa de te apaziguar as inquietações: a felicidade não existe, as felicidades muito menos, apenas, ao longo da vida, algumas fulgurações. O resto é o claro-escuro do quotidiano, e ai de nós se não aprendermos a valorizar o lado claro.
Pronto, já cumpri o meu papel de mais-velha...